Quando alguém diz que pratica ou ensina Yôga ou ióga, pode estar se referindo a uma infinidade de coisas diferentes e até mesmo antagônicas. Vamos garimpar a arqueologia filosófica do Yôga para descobrir porque testemunhamos nos dias de hoje tantas discrepâncias entre instrutores e escolas de linhas divergentes.
Origens
O Yôga primitivo surgiu há mais de 5.000 anos numa civilização matriarcal, de etnia dravídica. Cerca de 2.000 anos depois, foi assimilado pelos invasores patriarcais, de etnia ariana. A partir daí, durante 3.000 anos, a Índia foi arianizada, persificada, helenizada, islamizada, mongolizada e cristianizada por sucessivos colonizadores. Durante esses cinco mil anos de história surgiram mais de cem modalidades de Yôga, pertencentes a quatro grandes grupos, com propostas diferentes e divergentes.
Os quatro troncos do Yôga
O Yôga Antigo é dividido em Pré-Clássico e Clássico. Mesmo o Sámkhya que fundamenta esses dois períodos é diferente. O Pré-Clássico é fundamentado pelo Niríshwara Sámkhya, ou “Sámkhya sem-Senhor”, e o Clássico, pelo Sêshwara Sámkhya, ou “Sámkhya com-Senhor”. Este último é discretamente teísta, mas ainda não é espiritualista nem místico.
O Yôga Moderno é dividido em Medieval e Contemporâneo, ambos regidos pelo Vêdánta.
Saravá,
Obrigada,
Isabela
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