sexta-feira, 27 de março de 2009

Tarô Osho Zen - 38. Aventura


"O Zen diz que a verdade não tem nada a ver com autoridade, que a verdade não tem nada a ver com tradição; que a verdade não tem nada a ver com o passado: a verdade é uma realização radical, pessoal. Você precisa conquistá-la.

O conhecimento oficial é coisa segura; a busca do conhecimento pessoal, porém, é muito, muito arriscada. Ninguém pode garantir o resultado. Se você me perguntar se posso garantir alguma coisa, direi que não posso garantir-lhe nada. Só posso garantir o perigo - isso é certo. Só posso garantir-lhe uma longa aventura, com todas as possibilidades de dar errado e de nunca se atingir a meta. Uma coisa, porém, é certa: a própria busca irá ajudá-lo a crescer.
Só posso garantir-lhe o crescimento. O perigo estará lá, o sacrifício estará lá; você estará mergulhando a cada dia no desconhecido, em terreno inexplorado, e não haverá nenhum mapa a seguir, nenhum guia para acompanhar. Sim, há milhões de riscos e você poderá desviar-se, poderá perder-se, mas é esta a única maneira de crescer.
A insegurança é a única senda para o crescimento, enfrentar o perigo é a única forma de crescer, aceitar o desafio do desconhecido é o único caminho para se crescer.

Osho Dang Dang Doko Dang Chapter 7


Comentário:

Quando estamos realmente com espírito de aventura, andamos exatamente como esta criança. Cheios de confiança, vamos, passo a passo, saindo da escuridão da floresta para o clarão da luz, levados pela nossa capacidade de nos maravilharmos, na trilha do desconhecido.
A idéia de aventura realmente não tem nada a ver com planos e mapas, programações e organização. O Valete do Arco-Íris representa um estado de espírito que pode tomar conta de nós em qualquer lugar -- em casa ou no escritório, no campo ou na cidade, num empreendimento criativo ou no nosso relacionamento com outras pessoas. Sempre que nos lançamos ao novo e desconhecido com o espírito confiante de uma criança, inocentes, abertos e vulneráveis, até mesmo as menores coisas da vida podem transformar-se nas maiores aventuras."




quinta-feira, 26 de março de 2009

"Sentado em silêncio
nada fazendo
a primavera chega
e a grama cresce por si mesma.

Você não precisa fazer coisa alguma. Iluminação não é seu fazer. E também não é um presente. Você já é iluminado, você apenas não tem olhado na direção certa.

A diferença entre o ser iluminado e o não iluminado não é muita; ela é insignificante. Um tem olhado para si mesmo, o outro não tem olhado para si mesmo. Essa não é uma grande diferença. A qualquer momento o outro também pode olhar para si mesmo. Talvez quando seus olhos ficarem cansados de olhar para fora, você os fecha em completo tédio e cansaço e olha para dentro..

Você buscou tanto e não achou nada lá fora. Você olha para dentro e subitamente tudo aquilo que você esteve buscando já está aí. Você veio com isso ao mundo, é a sua qualidade intrínseca."




Osho: The Language of Existence, #6
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quinta-feira, 12 de março de 2009

Amor é clandestino - Deolinda



a noite vinha fria
negras sombras a rondavam
era meia-noite
e o meu amor tardava

a nossa casa, a nossa vida
foi de novo revirada
à meia-noite
o meu amor não estava

ai, eu não sei aonde ele está
se à nossa casa voltará
foi esse o nosso compromisso

e acaso nos tocar o azar
o combinado é não esperar
que o nosso amor é clandestino

com o bebé, escondida,
quis lá eu saber, esperei
era meia-noite
e o meu amor tardava

e arranhada pelas silvas
sei lá eu o que desejei:
não voltar nunca...
amantes, outra casa...

e quando ele por fim chegou
trazia flores que apanhou
e um brinquedo pró menino

e quando a guarda apontou
fui eu quem o abraçou
o nosso amor é clandestino

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