terça-feira, 29 de dezembro de 2009

É melhor ser uma árvore sem folhas do que ter folhas de plástico em Palavras de Osho


Eu costumava usar cabelo comprido na infância. E também costumava entrar e sair da loja de meu pai, porque a loja e a minha casa eram ligadas. A casa ficava atrás da loja e não havia outro jeito a não ser atravessá-la.

As pessoas perguntavam, "Quem é aquela garota?" — por causa do meu cabelo comprido. Elas não imaginavam que um menino pudesse ter um cabelo tão comprido.

Meu pai ficava embaraçado e com muita vergonha ao dizer, "Ele é um menino".
— Mas — ele implicava ao me ver —, para que todo esse cabelo?

Um dia — isso não era próprio dele — meu pai ficou tão embaraçado e zangado que me pegou e cortou ele mesmo o meu cabelo. Pegou a tesoura que usava para cortar tecido na loja e cortou o meu cabelo. Eu não disse nada — e ele ficou surpreso. Então disse:

— Você não tem nada a dizer?
— Direi à minha própria maneira — respondi.
— Como assim?
— Você verá.

Fui então ao barbeiro, viciado em ópio, que havia bem em frente da nossa casa. Ele era o único homem por quem eu tinha respeito. Havia várias barbearias, mas eu gostava daquele velho. Ele era uma variedade rara; e gostava muito de mim; costumávamos conversar durante horas.

Então fui lá e disse a ele:
— Raspe a minha cabeça.
Na Índia, as pessoas só raspam a cabeça toda quando o pai morre. Por um momento, até aquele homem viciado em ópio recobrou o juízo.

— O que aconteceu? — perguntou. — Seu pai morreu?
— Não me aborreça com perguntas — respondi. — Faça o que estou dizendo; não é da sua conta! Simplesmente corte todo o meu cabelo, raspe tudo.
— Está certo, não é da minha conta. Se ele morreu, morreu.

Ele raspou a minha cabeça e eu fui para casa. Atravessei a loja. Meu pai olhou para mim e todos os clientes fizeram o mesmo.
— O que aconteceu? — perguntaram. — Quem é esse menino? O pai dele morreu?
— Ele é meu filho e estou bem vivo! — respondeu meu pai. — Mas eu sabia que ele ia fazer alguma coisa. Deu-me uma boa resposta.

Aonde quer que eu fosse as pessoas perguntavam:
— O que aconteceu? Seu pai estava tão bem!
E eu dizia:
— As pessoas morrem com qualquer idade. Você está preocupado com ele, não está preocupado com os meus cabelos.

Essa foi a última coisa que meu pai me fez, porque ele sabia que a resposta poderia ser mais perigosa! Eu disse a ele:
— Você é que começou. Por que ficar tão embaraçado? Você poderia dizer: "Ela é minha filha". Eu não teria nenhuma objeção contra isso. Mas você não deveria ter interferido no meu jeito de ser. Foi violento, bárbaro. Em vez de falar comigo, você simplesmente começou a cortar o meu cabelo.

Ninguém deixa que alguém simplesmente seja quem é. E você aprendeu todas essas ideias tão profundamente que parecem que são suas.

Simplesmente relaxe. Esqueça todos os condicionamentos, jogue-os fora como as folhas secas que caem das árvores. É melhor ser uma árvore sem folhas do que ter folhas de plástico, galhos de plástico, flores de plástico; é tão feio.


Osho, em "Coragem: O Prazer de Viver Perigosamente"


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Gnomon - Elástica Engrenagem - Guimarães

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

A sua face original

A face original significa simplesmente que você não está sendo dominado por nenhum tipo de moralismo, religião, sociedade, parente, professor, padre, nem por ninguém.

Viva simplesmente sua vida de acordo com o seu senso interior — você tem sensibilidade — e terá a face original.


Osho, em "Coragem: O Prazer de Viver Perigosamente"


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Sinta a presença da existência


Esta técnica está baseada na sensibilidade interior. Primeiro cresça em sensibilidade. Apenas feche suas portas, torne o quarto escuro e acenda uma pequena vela. Sente-se perto da vela com uma atitude bem amorosa – melhor ainda, com uma atitude reverente.

Primeiro tome um banho, jogue água fria nos seus olhos, então se sente de um modo piedoso diante da vela. Olhe para ela e esqueça tudo mais. Apenas olhe para a pequena vela – a chama e a vela.

Continue olhando para ela. Após cinco minutos você irá sentir que muitas coisas estão mudando na vela. Nada está mudando na vela, lembre-se, seus olhos estão mudando.

Com uma atitude amorosa, com o mundo todo encerrado, com total concentração, com um coração sensível, apenas continue olhando para a vela e para a chama. Então você irá descobrir novas cores ao redor da vela, novas tonalidades que você nunca esteve ciente que estavam lá. Elas estão lá, todo o arco íris está lá. Onde quer que a luz esteja, o arco íris está presente porque luz é todas as cores.

Você precisa de uma sensibilidade sutil. Apenas sinta-a e continue olhando-a. Mesmo que lágrimas comecem a escorrer, continue olhando-a. Essas lágrimas ajudarão seus olhos a ficarem mais frescos.

Sensibilidade tem que crescer. Todo os seus sentidos têm que ficar mais vivos. Então você pode experimentar essa técnica. ”Sinta o cosmos como uma presença translúcida sempre viva”. A luz está em toda parte – em muitas, muitas tonalidades, formas, a luz está acontecendo em toda parte. Olhe para ela! Olhe para uma folha ou para uma flor ou uma pedra, e mais cedo ou mais tarde você irá sentir raios saindo dela. Basta esperar pacientemente. Não tenha pressa porque nada é revelado quando você está apressado.

Espere silenciosamente por coisa alguma, e você descobrirá um novo fenômeno que sempre esteve lá, mas do qual você não estava alerta – não estava ciente disso. Sua mente se tornará completamente silenciosa enquanto você sente a presença da sempre viva existência. Você será apenas uma parte dela, só uma nota numa grande sinfonia. Nenhum peso, nenhuma tensão... a gota caiu no oceano. Mas muita imaginação será necessária no principio, e o treino da sensibilidade será de ajuda.

Todas essas técnicas também alteram a química de seu corpo. Se você sentir o mundo inteiro como repleto de vida, de luz, assim você está alterando sua química corporal. E isso é uma reação em cadeia. Quando a química de seu corpo muda, você pode olhar para o mundo e ele parecerá mais vivo. E se ele parece mais vivo, sua química corporal irá mudar de novo, e então isso se torna uma corrente.


Osho, em "Excerpted from The Book of Secrets"


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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Estranho desafio do desconhecido

Quando você explora mares desconhecidos, como Colombo fez, o medo existe, um medo imenso, porque ninguém sabe o que vai acontecer. Você está deixando a praia da segurança.

Você está perfeitamente bem, em certo sentido; só uma coisa está faltando — aventura. Enfrentar o desconhecido dá a você certa excitação. O coração começa a pulsar novamente; volta a se sentir vivo, totalmente vivo. Cada fibra do seu ser está vibrando porque você aceitou o desafio do desconhecido.

Aceitar o desafio do desconhecido, apesar de todo o medo, é coragem. Os medos estão ali, mas se você aceita o desafio várias vezes seguidas, devagarinho os medos desaparecem.

A experiência de alegria que o desconhecido traz, o grande êxtase que começa a acontecer com o desconhecido, torna você forte o bastante, lhe dá uma certa integridade, aguça sua inteligência.

Pela primeira vez, você começa a sentir que a vida não é só tédio, mas uma aventura. Então devagar os medos desaparecem; e você não para mais de ir atrás de uma aventura.

Mas, basicamente, coragem é pôr em risco o conhecido em favor do desconhecido, o familiar em favor do estranho, o confortável em favor do desconfortável — árdua peregrinação rumo a um destino desconhecido.

Nunca se sabe se você será capaz de fazer isso ou não. É um jogo arriscado, mas só os jogadores sabem o que é a vida.


Osho, em "Coragem: O Prazer de Viver Perigosamente"


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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal e Próspero Ano Novo! :-)


Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!
Obrigada a todos que acompanham O Livro de Isabela!
Beijinhos natalícios!!;-)
Isabela

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Estranhos a nós mesmos em Palavras de Osho

Nascemos sozinhos, vivemos sozinhos e morremos sozinhos. A solitude é nossa verdadeira natureza, mas não estamos cientes dela.

Por não estarmos cientes, permanecemos estranhos a nós mesmos e, em vez de vermos nossa solitude como uma imensa beleza e bem-aventurança, silêncio, paz e um estar à vontade com a existência, a interpretamos erroneamente como solidão.

A solidão é uma solitude mal-interpretada. E, quando se interpreta a solitude como solidão, todo o contexto muda. A solitude tem uma beleza e uma imponência, uma positividade; a solidão é pobre, negativa, escura, melancólica.

A solidão é uma lacuna. Algo está faltando, algo é necessário para preenchê-la e nada jamais pode preenchê-la, porque, em primeiro lugar, ela é um mal-entendido. À medida que você envelhece, a lacuna também fica maior.

As pessoas têm tanto medo de ficar consigo mesmas que fazem qualquer tipo de estupidez. Vi pessoas jogando baralho sozinhas, sem parceiros. Inventaram jogos de cartas em que a mesma pessoa pode fazer o papel dos dois adversários.

Aqueles que conheceram a solitude dizem algo completamente diferente. Eles dizem que não existe nada mais belo, mais sereno, mais agradável do que estar só.

A pessoa comum insiste em tentar esquecer sua solidão e o meditador começa a ficar mais e mais familiarizado com sua solitude. Ele deixou o mundo, foi para as cavernas, para as montanhas, para a floresta, apenas para ficar só. Ele quer saber quem ele é. Na multidão é difícil; existem tantas perturbações...

E aqueles que conheceram suas solitudes conheceram a maior das bem-aventuranças possíveis aos seres humanos, porque seu verdadeiro ser é bem-aventurado.

Depois de entrar em sintonia com sua solitude, você poderá se relacionar, o que lhe trará grandes alegrias, porque a relação não acontecerá a partir do medo.

Ao encontrar sua solitude, você poderá criar, poderá se envolver com tantas coisas quanto quiser, porque esse envolvimento não será mais fugir de si mesmo. Agora, ele terá a sua expressão, será a manifestação de tudo o que é seu potencial.

Mas o básico é conhecer inteiramente sua solitude.

Assim, lembro a você, não confunda solitude com solidão. A solidão certamente é doentia; a solitude é saúde perfeita.

Seu primeiro e mais fundamental passo em direção à descoberta do significado e do sentido da vida é mergulhar na sua solitude. Ela é seu templo, é onde vive seu deus, e você não pode encontrar esse templo em nenhum outro lugar.


Osho, em "Amor, Liberdade e Solitude: Uma Nova Visão Sobre os Relacionamentos"


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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Cultura Geral - Concerto


Informam-se todos os interessados:


O quê?: Concerto 20 anos depois ...e com um jantar comemorativo.


Quem?: Alex, Buraco, Vitamina, Gorden, Zé Pedro, Scheneider e Luis... Uma banda constituída por miúdos carismáticos que em 1989 tinham uma média de idades de 16 anos (agora 36), designada por: CULTURA Geral... passaram 20 anos e resolvem para já por uma noite, juntarem-se para voltar a tocar os seus próprios originais Rock de 1989...com influências dos The Sound, Pixies, Suicide, Sonic Youth, Joy Division...eis que não poderiam ser mais ESPECÍFICOS! Eles cresceram a ouvir o grande António Sérgio e o "Som da Frente", ou a "Hora do Lobo" por exemplo...


Onde?: Num Espaço novo em Vila Nova de Famalicão, designado de: Praça, a convite de Paulo Brandão (actual programador/director artístico do Teatro Circo de Braga).


Quando?: dia 22-Dez-2009 (exactamente o dia no qual a banda deu o seu primeiro concerto nesse longínquo ano de 89).


Tente encontrar benção em todo lugar

A partir deste momento, comece a ver tudo como uma benção. E quando digo tudo, quero dizer tudo.

Mesmo quando às vezes você sente dor, ela pode ser uma benção. Você pode não entender, mas á uma benção.

Um dia você compreenderá e verá que foi uma benção, que foi algo necessário, absolutamente necessário, que o ajudou a crescer.

Até o sofrimento é uma benção. Ele purifica, ajuda você a ficar integrado, afasta de você a infantilidade, ajuda-o a amadurecer. Certa maturidade brota do sofrimento.

Olhe bem, observe, e tente encontrar benção em todo lugar. Às vezes ela está sob disfarce, outras vezes não completamente disfarçada, e outras totalmente nua.

Mas, se você observar, perceberá que ela está sempre lá — no sucesso, no fracasso, na dor, no prazer, na vida e também na morte. Está presente no verão, no inverno, na juventude, na velhice. Está na saúde, na doença.

Chamo de religioso o indivíduo que consegue ver benção em todo lugar e não encontra um único lugar, um único ponto que não seja uma benção.


Osho, em "Meditações Para o Dia"



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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Can you feel it now?

Would you save me from this place adore me
Until my body melts away explore me
I'm makin' rainbows in my mind
To watch a new world, grow inside

Can I dissolve into you yeah
Fallin' to this sky so blue

Sunrise, sunrise, sunrise
Can you feel it now?

Sunrise, sunrise, sunrise
Can you feel it now?

Can I dissolve into you allow me
To fall into the sky so blue surround me
With every color in your heart to suit me
And we'll wake up, in the morning sun

Sunrise, sunrise, sunrise
Can you feel it now?

Sunrise, sunrise, sunrise
Can you feel it now?

And to the east I worship
The Sun and its great mysteries
Find my roots to guidance
And walk through life with beauty

Sunrise, sunrise, sunrise
Can you feel it now?

Sunrise, sunrise, sunrise
Can you feel it now?

Sunrise, sunrise, sunrise
Can you feel it now?

Sunrise, sunrise, sunrise
Can you feel it now?
Can you feel it now?
Can you feel it now?
Can you feel it now?
Can you feel it now?

domingo, 20 de dezembro de 2009

A diferença entre obsessão pelo trabalho e totalidade


Perguntaram a Osho: Você poderia falar sobre a diferença entre obsessão pelo trabalho e totalidade no trabalho?


A diferença é enorme. O viciado no trabalho não é pleno em seu trabalho. Ele é obcecado pelo trabalho; ele não consegue sentar-se silenciosamente, tem de fazer algo, seja necessário ou não, e essa não é a questão.

No Japão, estão colocando mais e mais robôs para trabalhar nas fábricas, porque o robô pode trabalhar vinte e quatro horas por dia, sem greves, sem problemas com os sindicatos, sem pedir aumento de salário constantemente, sem férias.

Mas os trabalhadores são absolutamente contra isso, e o governo está pedindo a eles que tirem um dia de folga em sete.

No Japão, até aos domingos as pessoas trabalham — não existem feriados. E as pessoas estão se opondo ao governo, existe muito tumulto. Elas não estão prontas para ter um dia de folga por semana.

Serão pagas por isso, qual é o problema? Elas estão viciadas. Dizem: "O que vamos fazer em casa? Não, nós não queremos esse tipo de problema. Em casa haverá brigas com a esposa, com as crianças, e nós estamos viciados em trabalho. Abriremos o capô dos carros, embora tudo esteja funcionando, e destruiremos o carro tentando melhorar o motor. Abriremos o aparelho de televisão e o destruiremos. Já fizemos isso! Algumas vezes, quando tivemos um feriado nacional, nós o fizemos — destruímos os velhos relógios de nossos avós, que estavam funcionando perfeitamente bem, mas alguma coisa tinha de ser feita!"

Esses são os workaholics, os viciados em trabalho, exatamente como as pessoas viciadas em drogas. O trabalho é sua droga. Ele os mantém ocupados. Ele mantém as pessoas afastadas de suas preocupações, afastadas de suas tensões, exatamente como qualquer droga; ele sufoca suas preocupações, tensões, ansiedades, sofrimentos, cristianismo, Deus, pecado, inferno — tudo é sufocado. Uma pessoa infeliz subitamente começa a rir, a se divertir.

Apenas vá a um bar e veja. Um bar é um lugar muito mais alegre que uma igreja. Todos riem, se divertem, brigam, socam o nariz do outro, e quando voltam para casa já é tarde da noite, estão cambaleantes, caindo na rua.


Um homem chegou em casa tremendo muito, tão bêbado que não conseguia abrir o cadeado, porque a chave e o cadeado... A chave estava em uma mão, o cadeado em outra, e não havia o encontro, nenhum diálogo!
Finalmente, o policial da rua viu o pobre coitado, aproximou-se e perguntou: "Posso ajudá-lo?"
O bêbado disse: "Sim, apenas mantenha a casa firme. Parece que está havendo um grande terremoto!"


Eles se esqueceram de tudo... do mundo, de seus problemas e da terceira guerra. Mas você pode usar tudo como uma droga, apenas se torne viciado.

Algumas pessoas mascam chicletes. Tire os chicletes delas e veja como se tornam infelizes! Imediatamente começam a pensar: "A vida é inútil. Não há sentido na vida. Onde está o meu chiclete?" O chiclete as mantém envolvidas, da mesma forma que os cigarros.

E também é por isso que as pessoas bisbilhotam a vida dos outros. Isso as mantém envolvidas. Ninguém se preocupa se é verdadeiro ou falso; essa não é a questão. A questão é: como se manter envolvido e afastado de si mesmo?

Portanto, os viciados em trabalho são contra a meditação. Todo vício evita que você se torne um meditador. Todos os vícios têm de ser abandonados.

Mas ser total no trabalho é uma coisa completamente diferente. Ser total no trabalho não é um vício, é um tipo de meditação. Quando você está totalmente em seu trabalho, nele há a possibilidade de perfeição, o trabalho perfeito lhe trará alegria.

Se você pode ser perfeito e total no trabalho, pode ser total no não-trabalho — apenas sentando-se silenciosamente, em silêncio total. Você sabe como ser total. Você pode fechar os olhos e pode estar totalmente dentro. Você conhece o segredo de ser total. Portanto, ser total no trabalho é útil na meditação.

O viciado em trabalho não pode meditar; não pode sentar-se silenciosamente, nem mesmo por alguns minutos. Ele se inquietará, mudará de posição, fará uma coisa ou outra, olhará dentro desta ou daquela bolsa, mesmo sabendo que não há nada nelas. Ele tirará os óculos, limpará, colocará de lado, mesmo sabendo que estão limpos.

Mas o homem que é total em seu trabalho não é viciado. Ele pode ser total — e será total em qualquer coisa. Ele será total enquanto dorme, será total enquanto caminha. Ele será apenas um caminhante, nada mais — nenhum outro pensamento, nenhum outro sonho, nenhuma outra imaginação. Ao dormir, ele simplesmente dormirá; ao comer, simplesmente comerá.

Você não faz isso. Você come e sua mente está fazendo centenas de viagens...

Eu tenho visto — em cada cama não há apenas duas pessoas, mas uma grande multidão. O marido está fazendo amor com sua esposa, mas pensa em Sophia Loren; a mulher não está fazendo amor com o marido, está fazendo amor com Mohammed Ali. Em cada cama você encontrará uma multidão! Ninguém é total em cada ato, nem mesmo no amor.

Portanto, seja total em tudo o que você faz ou não faz. Seja total, e toda a sua vida vai se tornar uma meditação.


Osho, em "Dinheiro, Trabalho, Espiritualidade"


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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Simone- Migalhas



Sinto muito mas não vou medir palavras
Não se assuste com as verdades que eu disser
Quem não percebeu a dor do meu silêncio
Não conhece o coração de uma mulher
Eu não quero mais ser da sua vida
Nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor
Quero ser feliz
Não quero migalhas do seu amor
Do seu amor

Quem começa um caminho pelo fim
Perde a glória do aplauso na chegada
Como pode alguém querer cuidar de mim
Se de afeto esse alguém não entende nada
Eu não quero mais ser da sua vida
Nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor
Quero ser feliz
Não quero migalhas do seu amor
Do seu amor

Não foi esse o mundo que você me prometeu
Que mundo tão sem graça
Mais confuso do que o meu
Não adianta nem tentar
Maquiar antigas falhas
Se todo o amor que você tem pra me oferecer são migalhas
Migalhas

Eu não quero mais ser da sua vida
Nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor
Quero ser feliz
Não quero migalhas do seu amor
Do seu amor
Sinto muito mas não vou medir palavras
Sinto muito

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Shimbalaiê, Maria Gadu

Seja verdadeiro



Lembre-se sempre, não importa o que você esteja fazendo, observe se seu centro está envolvido nisso ou não, porque se ele não estiver envolvido é melhor não fazer nada. Não faça nada! Ninguém está lhe forçando a fazer coisa alguma.

Conserve sua energia para o momento quando alguma coisa real acontecer a você; então o faça. Não sorria, preserve a energia. O sorriso virá e então lhe mudará completamente. Assim será total. Cada célula de seu corpo irá sorrir. Desse modo será uma explosão — nenhuma falsidade.

Lembre-se disso: desde manhã cedo, quando você abrir seus olhos, tente ser verdadeiro e autêntico. Não faça nada que seja falso. Só por sete dias, continue se lembrando. Não faça nada que seja falso. O que quer que se perca, deixe perdido. O que quer que você perca, deixe perdido.

Mas permaneça real e dentro de sete dias uma nova vida será sentida dentro de você. As camadas mortas serão partidas e uma nova corrente viva chegará até você. Você se sentirá novamente vivo pela primeira vez — uma ressurreição.

Faça tudo que você gosta de fazer, mas pense — você está realmente fazendo isso, ou é sua mãe ou seu pai fazendo-o através de você? Porque homens mortos, pais mortos, sociedades, velhas gerações que já se foram há muito tempo ainda estão funcionando dentro de você. Eles criaram tantos condicionamentos que você continua satisfazendo-os — e eles estiveram satisfazendo seus pais e mães mortos, e você está satisfazendo seus pais e mães mortos, e ninguém está satisfeito.

Observe sempre quando você faz algo, se seu pai está fazendo-o através de você ou você mesmo está fazendo-o. Quando você fica zangado, é sua raiva ou é a maneira que seu pai costumava ficar zangado? Você está só imitando.

Tenho visto padrões sendo continuamente repetidos. Se você se casar, seu casamento vai ser aproximadamente o mesmo do seu pai e da sua mãe. Você irá agir como seu pai, sua esposa irá agir como a mãe dela e vocês estarão criando a mesma confusão de novo.

Quando você ficar zangado, observe: você está lá ou é outra pessoa? Quando você amar, lembre-se, você está lá ou é outra pessoa? Quando você falar, lembre-se, você está falando ou o seu professor?

Abandone todas as falsidades. Você pode sentir uma certa tristeza por algum tempo porque todas as suas falsidades serão abandonadas e o verdadeiro levará um tempo pra chegar e se estabelecer. Haverá um intervalo de tempo. Permita esse período e não tenha receio, não fique assustado.

Cedo ou tarde seus falsos eus desaparecerão, suas máscaras desaparecerão, e sua face real se tornará o seu ser.


Osho, em "The Book of Secrets"


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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

One Self - Bluebird

A realidade social é apenas um papel a ser representado



Vir a saber que nada é bom, nada é ruim, é um ponto decisivo; é uma conversão.

Você começa olhando dentro, a realidade exterior perde o sentido.

A realidade social é uma ficção, um belo drama, você pode participar dele, mas então você não o leva a sério. É apenas um papel a ser representado; desempenhe-o tão belamente, tão eficientemente, quanto possível.

Mas não o leve a sério, não há nada do supremo nele.

Osho, em "The Book Of Wisdom"

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Battles - Atlas (from the album Mirrored)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

domingo, 6 de dezembro de 2009

Da solidão ao "estar só"

As pessoas acham que solidão é sinônimo de tristeza. É uma interpretação errada, porque tudo o que há de belo sempre acontece quando se está sozinho, nunca no meio de uma multidão.

Estamos condicionados a achar que ficar sozinho provoca mal-estar. E que a felicidade reside em estar com outras pessoas. Isso nem sempre é verdade.

A felicidade que se origina em estar com outras pessoas é muito superficial, enquanto a felicidade que surge quando você está sozinho é muito profunda. Portanto, aproveite-a.

A palavra "solitário" provoca tristeza em você. Não pense nisso como solidão, e sim como "estar só". Pense em "estar sozinho", mas não em isolamento. As palavras incorretas podem criar problemas.

Pense nisso como um estado meditativo, o que de fato é. E aprecie aquilo que ele traz.

Cante, dance ou apenas sente-se em silêncio em frente à parece, esperando que algo aconteça. Faça disso uma meditação e logo você descobrirá uma qualidade diferente, que não tem nada a ver com a tristeza.

Quando se mergulha completamente na profundidade da solidão, todos os relacionamentos parecem superficiais. Mesmo o amor não pode ir tão fundo quanto o "estar só" porque o amor pressupõe a presença de outro e essa presença mantém você mais perto da periferia.

Quando não há ninguém e você de fato está sozinho, o perigo é começar a afundar e afogar-se em si mesmo. Não tenha medo. No começo esse afogamento se parecerá com a morte e uma melancolia irá cercá-lo porque você só conheceu a felicidade com outras pessoas, em outros relacionamentos.

Espere um pouco. Deixe-se afundar até que o silêncio se imponha e traga, junto com ele, uma espécie de dança, um movimento em seu interior. Nada se move e ainda assim tudo é muito rápido. Os paradoxos se encontram e as contradições se dissolvem.

Sente-se em silêncio em frente à parede, relaxado mas alerta. A qualquer momento algo pode surgir em você. Não há para onde ir: em qualquer direção que você olhar haverá uma parede. Paredes são muito bonitas. Não coloque nem mesmo um quadro, deixe a parede lisa.

Quando não há nada para ser visto, aos poucos o seu interesse em ver desaparece. Paralelamente, outra parede se levanta — a parede do não-pensamento.

Permaneça aberto e sorria, murmure uma canção ou então balance o corpo suavemente. Pode dançar, se quiser, mas saia da frente da parede. Deixe que ela seja seu objeto de meditação.

É preciso chegar a um acordo com a própria solidão. Enfrente-a e você perceberá que ela muda sua cor, muda sua qualidade — até seu sabor fica totalmente diferente: a solidão se transforma em "estar sozinho".

O isolamento vem acompanhado de sofrimento, mas a solidão é uma extensão da felicidade.



Osho, em "Uma Farmácia Para a Alma"

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sábado, 5 de dezembro de 2009

A "caixa idiota" e os idiotas em Palavras de Osho


É bom que no Ocidente a televisão esteja sendo chamada de "caixa idiota"; realmente só idiotas se sentam diante dela.

A caixa não é tão idiota quanto aqueles que se sentam diante dela — e continuam sentados.

E a que essas pessoas assistem? Aos mesmos assassinatos, à mesma violência, aos mesmos estupros, às mesmas velhas histórias e aos mesmos triângulos: duas mulheres e um homem, ou dois homens e uma mulher.

É tanta estupidez! O homem vem escrevendo a mesma história repetidamente, e há tolos que a vêem. A história é a mesma, a trama é a mesma, a estratégia é a mesma, nada há de novo.

É bem mais interessante observar sua própria mente, pois ela é muito mais insana e mais inventiva também. Se você a observar bem, ficará surpreso. Encontrará mais posições para fazer amor do que qualquer psicólogo jamais descobriu...

E a mente é tão interessante! Você cometerá todos os tipos de violência e todos os tipos de assassinato, cometerá suicídio, e tudo vai acontecer. Apenas fique observando. E o milagre é que você não tem de pagar por isso!

Então, lentamente, lentamente, toda essa cena começa a desaparecer. À medida que você se torna mais alerta, ela começa a desaparecer; à medida que você se torna mais consciente, ela perde o poder sobre você.

Um dia, o maior milagre da vida acontece: a mente simplesmente desaparece, e há um grande vazio, sem nada para observar. Você fica numa solidão absoluta — isso é meditação —, e dessa solidão milhares de flores de bem-aventurança, beleza, verdade, divindade desabrocham.


Osho, em "Meditações Para o Dia"


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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Crianças Indigo



ESCRITO POR REGINA BRETT, 90 ANOS.....

Para celebrar o envelhecer, uma vez eu escrevi 45 lições que a vida me ensinou.
É a coluna mais requisitada que eu já escrevi.
O meu taxímetro chegou aos 90 em Agosto, então aqui está a coluna mais uma vez:

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiveres em dúvida, apenas dá o próximo pequeno passo.
3. A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.
4. O teu trabalho não vai cuidar de ti quando adoeceres. Os teus pais e amigos vão. Mantém contacto.
5. Paga as tuas facturas do cartão de crédito todos os meses.
6. Tu não tens que vencer todos os argumentos. Concorda para discordar.
7. Chora com alguém. É mais curativo do que chorar sozinho.
8. Está tudo bem se ficares danado com Deus. Ele aguenta.
9. Poupa para a reforma começando com o teu primeiro salário.
10. Quando se trata de chocolate, a resistência é em vão.
11. Sela a paz com o teu passado para que ele não estrague o teu presente.
12. Está tudo bem se os teus filhos te vêem chorar.
13. Não compares a tua vida com a dos outros. Tu não tens ideia do que se passa na vida deles.
14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, tu não deverias estar nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não te preocupes, Deus nunca pisca.
16. Respira bem fundo. Isso acalma a mente.
17. Desfaz-te de tudo o que não é útil, bonito e prazenteiro.
18. O que não te mata, realmente te torna mais forte.
19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de ti e de mais ninguém.
20. Quando se trata de ir atrás do que tu amas na vida, não aceites NÃO como resposta.
21. Acende velas, coloca lençóis bonitos, usa lingerie elegante. Não guardes para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Prepara-te bastante, depois deixa-te levar pela maré...
23. Sê excêntrico agora, não esperes ficar velho para usar roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém é responsável pela tua felicidade além de ti.
26. Encara cada "chamado desastre" com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?
27. Escolhe sempre a vida.
28. Perdoa tudo de todos.
29. O que as outras pessoas pensam de ti não é da tua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dá tempo.
31. Independentemente se a situação é boa ou má, irá mudar.
32. Não te leves tão a sério. Ninguém mais leva...
33. Acredita em milagres.
34. Deus Ama-te por causa de quem Deus é, não pelo o que tu fizeste ou deixaste de fazer.
35. Não faças auditorias da tua vida. Aparece e faz o melhor dela agora.
36. Envelhecer é melhor do que a alternativa: morrer jovem.
37. Os teus filhos só têm uma infância.
38. Tudo o que realmente importa no final é que tu amaste.
39. Vai para a rua o dia todo. Milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos jogássemos os nossos problemas numa pilha e víssemos os de todo o mundo, pegaríamos os nossos de volta.
41. Inveja é perda de tempo. Tu já tens tudo o que precisas.
42. O melhor está para vir.
43. Não importa como tu te sintas, levanta-te, veste-te e aparece.
44. Produz.
45. A vida não vem embrulhada num laço, mas ainda é um presente!!!


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