Folheio uma revista sobre saúde e bem-estar…
Fico com vontade de encarar o meu corpo como um valor inestimável e cuidar dele com muito amor e carinho. Apetece-me começar hoje a olhar para mim como um investimento.
Dizem os especialistas que muitos dos problemas e indisposições estão directamente relacionados com o tipo de alimentação que temos e com os comportamentos de risco que assumimos. No entanto também dizem que não temos que virar as costas ao que mais gostamos, o segredo está em diversificar.
E pasmem, o tomate ajuda a prevenir vários tipos de cancro, especialmente o da próstata, melhora a visão nocturna, fornece potássio, vitamina C e licopeno (pigmento antioxidante), melhora o funcionamento do fígado e é eficaz no combate a doenças cardiovasculares. Bolas, há que incluir já, o tomate na paparoca!
Continuo a folhear e faço novos amigos, o grão-de-bico, as favas, as ervilhas, o feijão, as lentilhas e a soja, e ao que consta por aí, são verdadeiros inimigos do colesterol e da diabetes. Entretanto, a fruta bate-me à porta e diz-me: “tenho um papel crucial numa boa alimentação, forneço vitaminas, minerais, energia e sacio mais do que um bolo”, respondi imediatamente: faça o favor de entrar!
Decidi comer tudo o que me apetece, o meu chocolate preferido, a feijoada adorada, mas sempre em doses equilibradas e incluindo os meus novos amigos nos meus convívios diários com as refeições. Oxalá este seja o remédio para todas as maleitas que as vezes espreitam sem razão de ser. Ah! Calma ser é pensar e os pensamentos também são alimentos que condicionam o bem-estar. Equilíbrio, ao que parece, é a palavra de ordem, por isso quando os entendimentos reclamam alimentos dou-lhes uma boa dose de argumentos enviados pelos sentimentos.
Isabela
Bem-Vindo(a)! Bela é a vida! Bom é viver bem! Comunicar é viver e sonhar também! Bons pensamentos, boas palavras, bons sentimentos, partilha! Saravá! Obrigada, Isabela
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Mistério da fé
Em conversa com uma senhora que estava sentada nos seus 88 anos, ouço atentamente a sua história de menina que começou a trabalhar deveria ter uns cinco anos de idade. Contava-me os pormenores dos tempos difíceis da época de 1920. Ao longo da história sentia os meus pensamentos borbulharem com cada palavra, cada frase daquela senhora de olhos azuis e cores suaves. Todos os seus gestos são simples e humildes. Ainda trabalha no campo, menos que antigamente, mas continua preocupada com a sua terra e com os seus fiéis amigos, cães e gatos. Que mulher! Depois começou a falar da morte e eu, respondia frases politicamente correctas. Até que senti que a senhora Maria falava mais de morrer do qualquer outra pessoa que conheço. De facto com 88 anos e de seis irmãos mais velhos e mais novos só restar a senhora Maria, dá que pensar. Como será ter 88 anos? Como será a morte? Será bom, mau, difícil, fácil? Fitava-a e não parecia muito atormentada com o facto de poder partir e de isso poder acontecer a qualquer momento. Porém eu não conseguia estancar a mente e ocorriam-me diversas ideias e sentimentos: será que a senhora Maria pensa muito no seu percurso de vida, no que poderia ter feito e não fez? Guardará mágoas dos tempos árduos e de escassa comida? Terá medo de morrer? Terá sido feliz?
Foi o sorriso. Foi o seu sorriso tão bonito e espontâneo que me convenceu. Afinal a senhora Maria falava da morte como falava de outros assuntos. A mim despertou-me o assunto porque não estou habituada a conversar de um desfecho que em princípio será tão natural como nascer. A sapiência da senhora confere-lhe uma prudência invulgar e quase inata na forma de ser e estar. “Faço tudo o que quero”, afirmava. “Quando as pessoas morrem cedo é porque não se cuidam. Eu não bebo vinho e não como carne e contínuo a trabalhar”, passava-me o seu testemunho. “A vida é o que é e as coisas são o que são, temos que encarar e viver o melhor possível”, reforçava enquanto sorria e eu acenava positivamente. A senhora Maria que nunca estudou e sempre trabalhou no campo transmitia-me singelamente o segredo da sua longevidade. Mulher assim só podia ter dado à luz uma Santa que até tem o mesmo nome que a canonizada Nossa Senhora de Fátima. Aproximava-se a hora da despedida. “Fique mais um pouco, a minha filha deve estar a chegar”. Fiquei e a senhora Fátima chegou. Tal mãe, tal filha. Enchem-me de paz aquelas duas senhoras. Representam na perfeição o que significa ter fé. Mesmo com diferentes tragédias familiares, todas as mortes, todas as dificuldades, nunca ouvi classificarem a vida de boa ou de má, nunca as ouvi reclamar da vida ou dos acontecimentos. Verdade seja dita que quando estou junto delas até eu acredito mais! Obrigada.
Isabela
Foi o sorriso. Foi o seu sorriso tão bonito e espontâneo que me convenceu. Afinal a senhora Maria falava da morte como falava de outros assuntos. A mim despertou-me o assunto porque não estou habituada a conversar de um desfecho que em princípio será tão natural como nascer. A sapiência da senhora confere-lhe uma prudência invulgar e quase inata na forma de ser e estar. “Faço tudo o que quero”, afirmava. “Quando as pessoas morrem cedo é porque não se cuidam. Eu não bebo vinho e não como carne e contínuo a trabalhar”, passava-me o seu testemunho. “A vida é o que é e as coisas são o que são, temos que encarar e viver o melhor possível”, reforçava enquanto sorria e eu acenava positivamente. A senhora Maria que nunca estudou e sempre trabalhou no campo transmitia-me singelamente o segredo da sua longevidade. Mulher assim só podia ter dado à luz uma Santa que até tem o mesmo nome que a canonizada Nossa Senhora de Fátima. Aproximava-se a hora da despedida. “Fique mais um pouco, a minha filha deve estar a chegar”. Fiquei e a senhora Fátima chegou. Tal mãe, tal filha. Enchem-me de paz aquelas duas senhoras. Representam na perfeição o que significa ter fé. Mesmo com diferentes tragédias familiares, todas as mortes, todas as dificuldades, nunca ouvi classificarem a vida de boa ou de má, nunca as ouvi reclamar da vida ou dos acontecimentos. Verdade seja dita que quando estou junto delas até eu acredito mais! Obrigada.
Isabela
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Passo a passo.
Caminhava enquanto pensava. Ou pensava enquanto caminhava, ou fazia as duas coisas ao mesmo tempo. Diz Paloma, amiga de longa data, que quando caminho pensativa, toda a minha postura fica diferente, os passos parecem carregados de significado e o olhar concentrado. Talvez seja verdade. Certo é que fiquei a pensar se realmente parecemos diferentes conforme os nossos pensamentos.
Pensava na palavra Felicidade e no seu significado e escutava dentro de mim: mas afinal o que é ser feliz? Recordava as vozes convictas de outrora: “temos que saber o que nos faz felizes e viver em função disso”. Que desafio, considerável! Continuei a caminhar até junto de uma ponte onde tinha que decidir: cruzar ou não cruzar até à paisagem desconhecida. Constatei: posso ficar aqui, na segurança das coisas e dos hábitos conhecidos ou posso tentar atrever-me a mudar e a experimentar o diferente. E dali extraí a primeira reflexão: ser feliz talvez implique escolher…
Continuo a minha caminhada de final de dia. Comigo estão as minhas experiências, os meus sentimentos, os meus pensamentos, as impressões e expressões que coleccionei ao longo dos tempos. A pergunta continuava presente. Como saber qual é a escolha certa? Em que ponto é que as palavras não preenchem e os sentimentos dividem?
Escolho apoiar-me na energia das árvores verdes e nas folhas acastanhadas pelo Outono. Reparo na beleza das árvores que existem há dezenas de anos sem nunca duvidarem da perfeição e da importância da sua presença. Observo e surge a resposta maior. Ser feliz é SER, existir, sentir, pensar, partilhar. É acreditar sem duvidar. É a confiança de que tudo está certo. Que o caminho é correcto, e que é nosso. Tal como a árvore, tudo e todos temos o nosso lugar, o nosso caminho, a nossa beleza, a nossa importância. E há de tudo para todos.
Sim, é verdade, ficamos diferentes! Os nossos pensamentos condicionam as nossas atitudes, a nossa forma de ser e estar. Se a comida alimenta o corpo, não serão os pensamentos a nutrição da alma?! Isso levava-me a outra pergunta Como está a minha alma? Gorda, magra? Ou tem o peso ideal? Sorrio, com vontade de rir!
Já estava na outra margem. Continuo o meu passeio a pé e fecho os olhos. Concentro-me em cheirar, ouvir, sentir e descubro o perfume da terra, ouço as bicicletas a circular, os cães a brincar e sinto a brisa nos brincos de embalar. E nesse momento, nesse preciso momento, sinto o coração e agradeço o dom de poder pensar.
Isabela
Pensava na palavra Felicidade e no seu significado e escutava dentro de mim: mas afinal o que é ser feliz? Recordava as vozes convictas de outrora: “temos que saber o que nos faz felizes e viver em função disso”. Que desafio, considerável! Continuei a caminhar até junto de uma ponte onde tinha que decidir: cruzar ou não cruzar até à paisagem desconhecida. Constatei: posso ficar aqui, na segurança das coisas e dos hábitos conhecidos ou posso tentar atrever-me a mudar e a experimentar o diferente. E dali extraí a primeira reflexão: ser feliz talvez implique escolher…
Continuo a minha caminhada de final de dia. Comigo estão as minhas experiências, os meus sentimentos, os meus pensamentos, as impressões e expressões que coleccionei ao longo dos tempos. A pergunta continuava presente. Como saber qual é a escolha certa? Em que ponto é que as palavras não preenchem e os sentimentos dividem?
Escolho apoiar-me na energia das árvores verdes e nas folhas acastanhadas pelo Outono. Reparo na beleza das árvores que existem há dezenas de anos sem nunca duvidarem da perfeição e da importância da sua presença. Observo e surge a resposta maior. Ser feliz é SER, existir, sentir, pensar, partilhar. É acreditar sem duvidar. É a confiança de que tudo está certo. Que o caminho é correcto, e que é nosso. Tal como a árvore, tudo e todos temos o nosso lugar, o nosso caminho, a nossa beleza, a nossa importância. E há de tudo para todos.
Sim, é verdade, ficamos diferentes! Os nossos pensamentos condicionam as nossas atitudes, a nossa forma de ser e estar. Se a comida alimenta o corpo, não serão os pensamentos a nutrição da alma?! Isso levava-me a outra pergunta Como está a minha alma? Gorda, magra? Ou tem o peso ideal? Sorrio, com vontade de rir!
Já estava na outra margem. Continuo o meu passeio a pé e fecho os olhos. Concentro-me em cheirar, ouvir, sentir e descubro o perfume da terra, ouço as bicicletas a circular, os cães a brincar e sinto a brisa nos brincos de embalar. E nesse momento, nesse preciso momento, sinto o coração e agradeço o dom de poder pensar.
Isabela
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