Estava a chover e ia a conduzir quando li a palavra auto-estima numa carrinha branca que ao que me pareceu, naquela fracção de segundos, pertencia a uma associação de solidariedade social. Captou a minha atenção aquela palavra tão diferente de todas as outras que utilizamos no nosso quotidiano. Auto-estima é o acto de estimar a nossa pessoa. Estimar, ter apreço, apreciar, respeitar, proteger, amar…hum… Dificil para quem aprende, impossivel para quem não sabe. Talvez seja fácil dizer que o caminho se faz caminhando, mas sei que nem sempre a bagagem é leve e nem sempre o percurso é alegre. A auto-estima, não é egoísmo e não é uma peça de roupa, é uma forma de ser e de estar. Sim, sem dúvida que a auto-estima é uma escolha. Fazer a escolha é que muitas vezes não parece uma opção.
Continuava a chover e estava frio, tipicamente Inverno. Por momentos senti-me sozinha ou talvez carente, não sei bem explicar qual foi o sentimento que me assolou. Abri um pouco o vidro do carro e senti o ar fresco e o cheiro da terra molhada que me faziam sentir em casa. Os meus pensamentos começaram a vaguear. Bom, na verdade tento não dar demasiada atenção as coisa que me incomodam. E quando isso significa um esforço, tenho sentimentos diferentes, opostos e estranhos, porque tão intensos e em espaços de tempo muito curtos.
A minha crença diz-me o que é importante permanece. Mas há a ilusão, que como uma droga, torna-nos inconscientes, indefesos e vulneraveis. E depois há aqueles momentos em que nos julgamos que possuimos coisas, momentos e outros. Há a falsa segurança, a falsa garantia.
Nas minhas reflexões percebo que tudo é importante.
Estava a estacionar quando reparei que já chove há alguns dias. Há tantos quantos os que chovem dentro de mim.
Saravá.
Isabela
Bem-Vindo(a)! Bela é a vida! Bom é viver bem! Comunicar é viver e sonhar também! Bons pensamentos, boas palavras, bons sentimentos, partilha! Saravá! Obrigada, Isabela
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Silêncio
Há momentos em que os silêncios pairam em mim. São vários e diferentes. Há o miudinho, há o triste e o alegre, há o pensativo e o picante. Há o silêncio que tem lágrimas molhadas e secas. Algumas vezes as minhas palavras, os meus pés e as minhas mãos têm silêncio. Há silêncios que dizem tudo e outros que expressam o que não querem dizer. Há silêncio com culpa e há culpa com silêncio. Devo acrescentar que há também o respeito pelo silêncio. Respeito, ora aqui está uma palavra que dedico às pouquíssimas pessoas que conheci e conheço que sabem e praticam o seu significado.
Gosto bastante do silêncio da meditação. Meditar é uma arte, uma terapia e um hobby! É um acto de consciência que nos leva ao inconsciente de uma forma que dá tanto prazer que quase chega a ser inexplicável, é algo que por muito que se tente, só se entende quando já lá se esteve.
Acredito que dez minutos de silêncio de manhã e à noite podem fazer uma grande diferença em todos os outros silêncios que ocorrem durante o dia e a noite, muitas vezes irreflectidos porque também muitas vezes reactivos.
Vou reservar um minuto de silêncio para todos os que estão a ler este texto (muito provavelmente em silêncio)!
Isabela
Gosto bastante do silêncio da meditação. Meditar é uma arte, uma terapia e um hobby! É um acto de consciência que nos leva ao inconsciente de uma forma que dá tanto prazer que quase chega a ser inexplicável, é algo que por muito que se tente, só se entende quando já lá se esteve.
Acredito que dez minutos de silêncio de manhã e à noite podem fazer uma grande diferença em todos os outros silêncios que ocorrem durante o dia e a noite, muitas vezes irreflectidos porque também muitas vezes reactivos.
Vou reservar um minuto de silêncio para todos os que estão a ler este texto (muito provavelmente em silêncio)!
Isabela
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